sábado, 30 de maio de 2015

Creepypasta: Silent Hill


GÊNERO: Creepypasta

CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: Proibido para menores de 12 anos

SINOPSE: Eu estive a beira da insanidade. Conheci de perto o verdadeiro significado da imersão em um jogo de vídeogame. E por que tinha que ser justo Silent Hill? Conto essa experiência na forma de uma creepypasta.


SILENT HILL

Quando coloquei minhas mãos em Silent Hill 4 pela primeira vez, estava muito entusiasmada. Como grande fã de Survival Horrors, nada além do esperado.

Coloquei o jogo para rodar no Play Station 2 e comecei minha jornada pelo sobrenatural. O início macabro prendeu-me e só me motivou a continuar jogando cada vez mais, todos os dias.

Para quem já jogou SH4, deve saber que o jogo possui duas partes. Na primeira parte do jogo, a história seguia normalmente. Com fantasmas, mortes e monstros bizarros. Foi então que cheguei na primeira parte dos apartamentos. Foi quando vi Walter Sullivan pela primeira vez. Sua face sem expressão e ao mesmo tempo irônica me fazia ficar arrepiada. E por mais que eu enfrentasse monstros com rostos de bebês que corriam usando os braços, ele me parecia muito mais assustador.

Pelos corredores do prédio, podia ver um garotinho, batendo em uma porta em especial, mas que logo sumia quando alguém se aproximava. Aquele era Walter quando criança, de acordo com a história do jogo. Parecia inofensivo, mas algo estava errado com ele. A expressão em seu rosto não dizia nada, mas ao mesmo tempo passava a sensação desesperadora que sentia.

A partir daí, as coisas começaram a ficar estranhas. Primeiro com estranhas sensações que sentia dentro do meu quarto enquanto jogava. Não dei muita importância, pois tinha certeza de que se tratava apenas da tensão do jogo. Depois com pequenos estalos nos móveis do quarto. Outro fator que não dei importância, pois isso é devido a temperatura ambiente, sei lá... algo relacionado a ciência que eu não tenho muito conhecimento.

Comecei a notar que algo estava errado quando a porta do quarto começou a abrir e fechar sozinha, com a janela fechada e, quando estava aberta, o tempo não tinha nem sequer uma brisa leve.

Eu já estava na parte do Hospital, onde o protagonista, Henry, precisa resgatar Eileen. O desenrolar do jogo permanecia normal. Nada diferente no menu, no jogo, nada. Mas aconteciam coisas estranhas no meu quarto, mesmo enquanto eu não estava jogando. Era como se algo tivesse saído de dentro do jogo e estava tentando me assombrar ou algo assim.

Alguns dias se passaram. Eu estava na sala quando ouvi um barulho de alguma coisa caindo que vinha do meu quarto. Senti meu coração gelar por alguns segundos. Fui andando covardemente até o quarto, em que a porta estava aberta. Assim que entrei, não encontrei nada, apenas o joystick caído no chão e o jogo ligado. Não me lembro de tê-lo deixado ligado quando saí.

Já na segunda parte do jogo, indo para a Water Prison, Eileen começou a blasfemar algumas coisas, coisas que não faziam muito sentido. Tinha também alguns pequenos ataques com o corpo, em que ela mesma se esmurrava. Enquanto jogava, eu tinha a estranha sensação de que estava sendo observada.

Eu já não me sentia bem enquanto jogava. Era como se eu estivesse acorrentada, algo me mantendo como escrava daquilo. Eu tinha certeza de que o meu quarto estava possuído, como o apartamento de Henry fica, e a culpa era do jogo. Eu tentei escondê-lo, manter perto de bíblias, pensei até em jogar fora, mas não consegui. Eu queria saber como acabava, mesmo estando apavorada.

Finalmente já estava no final do jogo. Já passava da meia-noite, e mesmo estando morrendo de medo, eu não me importava. Eu precisava vencer, e assim acabar com a "maldição". Eileen continuava blasfemando. Mas em uma cutscene do jogo, ela dizia que queria encontrar sua mãe. Estava possuída pelo espírito do pequeno Walter.

Vários fantasmas surgiam durante o jogo, e quanto mais energia negativa Eileen recebia, mais medonha ela ficava. Blasfemando, se esmurrando, manchas estranhas pelo corpo, ataques de possessão...

A porta do meu quarto estava entreaberta, e estava escuro. A única iluminação do local era a TV. Os momentos finais do jogo estavam chegando, quando sinto novamente aquela sensação de estar sendo observada. Meu personagem lutava com todas as suas forças para não terminar o jogo sem respostas. E dando uma olhada rápida para a porta, vi um pequeno garotinho, parecido com Walter, observando. Apenas sua silhueta escura era vista pela fresta da porta, mas seus olhos azuis eram fixos. Ele estava me vendo jogar esse tempo todo.

A madrugada chegou. Meu coração já não estava mais disparado e eu já não sentia medo. O garotinho havia sumido, e a sensação ruim acabou. Os créditos do jogo começavam e a paranoia se foi.

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